Desenvolvemos a palavra para que possamos nos comunicar e nos expressar.
Cabe a nós a responsabilidade de manter essa comunicação o mais clara e transparente possível.
Quando não conseguimos essa clareza, podemos correr o risco de sermos mal interpretados ou de surgirem mal entendidos. Quando essas situações acontecem, desfiamos um rosário enooorme de justificativas para nos defender – “Falei isso mas quis dizer outra coisa”, “Sei lá, pensei e não falei”, “Pra bom entendedor meia palavra basta” e por aí vai.
Como assim?????? Como vamos falar uma coisa pensando em dizer outra? Meia palavra? O que significa isso? Onde nós estamos? Na Torre de Babel ou falando o mesmo idioma?
E o que dizer do silêncio, quando alguém nos deixa sem resposta? Existe coisa mais irritante do que isso? O que isso quer dizer?
O que percebo atualmente é uma grande dificuldade de nos comunicarmos uns com os outros por conta daquilo que considero uma característica dos nossos dias: a luta em assumirmos nossos sentimentos e emoções perante nós mesmos e, como conseqüência, diante dos outros.
Estamos sempre em cima do muro, não querendo bancar o preço pelas nossas escolhas. Digo sim ou não? Vou para a esquerda ou para a direita? É branco ou preto? A filosofia oriental diz que vale a pena viver eternamente no inferno em troca de apenas um momento no paraíso. No meio do caminho não vamos a lugar nenhum, ficamos paralisados.
Entretanto, às vezes, preferimos olhar o paraíso de longe ou sentir inveja daqueles que lá estiveram porque temos medo desse inferno pavoroso que, muitas vezes, já é vivenciado em pequenas doses, diariamente, sem que percebamos. Esse inferno a que estou me referindo nada tem a ver com diabinhos, tridentes e fogo, mas com o caldeirão interno que não nos permite agir por medo de errar. Pensamos: “E se....?” E aí ,não decidimos. Vamos adiando, adiando, adiando, deixando para amanhã, e o amanhã nunca chega. Ufa!!!!
Um sábio da antiguidade disse: “Seja quente ou frio, morno jamais.”
Para o nosso bem, sair de cima do muro é sempre a melhor solução. É claro, que nem sempre sabemos agir, decidir ou responder com rapidez diante de algumas situações. Entretanto, como a vida é muito generosa, permite que fiquemos um pouco sem sabermos para onde ir, mas isso não dura para sempre.
Se não fazemos essa escolha conscientemente, sem dúvida, a vida faz por nós e aí, nesse caso, não teremos outra opção a não ser seguir os seus desígnios.
A propósito: de que lado do muro você está?
Cakau.
domingo, 11 de abril de 2010
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