segunda-feira, 24 de maio de 2010

Ser/Perceber

Não tenho escrito há vários dias, mas hoje me deu uma grande vontade.
Vontade de passar para o papel alguns frutos de minhas últimas reflexões...como me disse uma pessoa muito especial nesse fim de semana: " amanhã você não será a mesma e terá muito o que pensar. "

Li hoje uma frase que dizia que muitas vezes aconselhamos as pessoas, mas que aquele mesmo conselho nos revelava nossos próprios erros, nossas próprias limitações.

Há um ditado que diz que quando apontamos o dedo para o outro, há 3 dedos apontados para nós.

E daí advém o título desse texto: será que percebemos o que ainda não conseguimos ser?
Queremos que o outro seja aquilo que ainda não sou, cobro o que ainda não sou capaz de dar.

E me veio o seguinte pensamento: você só tem a capacidade de perceber fora, aquilo que está dentro de você.
Tem que encontrar eco, senão não rola.

Percebemos o mundo e o que está no outro com o que temos em nosso interior, com toda a nossa bagagem.

Conseguimos perceber aquilo que conseguimos ser.

Que bom que nossa capacidade de percepção pode expandir-se revelando quem realmente somos.
Seres divinos em eterna evolução.

Ótima semana para todos!

sábado, 22 de maio de 2010

Morte

Passagem;
Transcendência;
Libertação.

Separação;
Tristeza;
Libertação.

Descanso;
Vazio;
Libertação.

Perda;
Luto;
Libertação.

Desilusão;
Aceitação;
Libertação.

Adaptação;
Superação;
Libertação.

Recomeço;
Reinício;
Libertação.


A vida é sábia.


Cakau.

.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ando flertando ultimamente com o Zen-Budismo, filosofia oriental baseada nos ensinamentos de Buda, tendo como prática básica a meditação contemplativa que visa levar o praticante à “experiência direta da realidade”.

Não estou com essa bola toda, mas tem me agradado bastante ler sobre isso, principalmente o autor Osho, um indiano que dizia que estava ajudando a criar condições para o nascimento de um novo ser humano, mais lúcido e consciente de si mesmo.

Tarefa hercúlea essa, não? É o que mais fazemos: fugir de nós mesmos. Mas, enfim... tudo é uma questão de treino e de vontade.

Todos os dias tiro um tempinho para pensar e leio uma página do livro “Osho - 365 meditações diárias”. São somente alguns minutos, porém, preciosos, em que me alimento de palavras bonitas e esperançosas, que me fazem um bem enorme e que funcionam como um combustível para a minha alma.

Um dos capítulos me chamou a atenção. Chama-se “Começar de novo”, e diz assim:

“Todos os inventores são considerados loucos, excêntricos.E são sim, porque eles vão além do limite. Eles encontram seus próprios percursos. Nunca seguem pelas auto-estradas, estas não são para eles; eles se movem na floresta. Há perigo: podem se perder, podem não ser capazes de novamente voltar para a multidão, estão perdendo contato com o rebanho...

Às vezes, você pode fracassar – com o novo sempre existe perigo – mas haverá excitação. E vale a pena arriscar por essa excitação – vale a pena por qualquer preço. Assim, traga algo novo para o velho trabalho – para que ele se torne próspero, para que ele não se torne mecânico, mas se torne orgânico – ou mude tudo e comece a fazer algo completamente novo. Volte ao abecedário e torne-se um ceramista, um músico, um dançarino ou um vagabundo – qualquer coisa serve!

Normalmente a mente dirá que isto está errado – agora você está estabelecido, tem um certo nome, uma certa fama e muitas pessoas o conhecem, seu trabalho está indo bem e está lhe pagando bem, as coisas estão ajustadas... por quê se importar?

Sua mente dirá isso.

Nunca escute a mente; a mente está a serviço da morte.”

Quem nunca se deparou com a crueldade com que a mente nos domina vez por outra? Ela deveria estar a nosso serviço e não o contrário.

Movimento é fundamental para que não sejamos “mortos” em vida.


Cakau.